Mensagem

Mensagem
Reflexão

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

SÁVIO REPRESENTA PADRE VIEIRA .

Eu até entendo...
Mas não compreendo!

Caríssimo poeta e pesquisador Rouxinol do Rinaré, você está de parabéns pela lembrança honrosa do padre Antônio Vieira nessa coletânea, ao fazer o resgate histórico desse sertanejo da Rajalegre, como gostava de enfatizar, mostrando ao estado do Ceará e ao Brasil, que um povo só é povo se tiver memória. Homenagem que não costumamos vivenciar... Daí, não compreendermos muito bem...

Antônio Batista Vieira foi um menino que nasceu num pé de serra do interior cearense, alfabetizou-se no regime da sabatina e da palmatória, e tornou-se campeão em desobediência escolar na sua pequenina Lagoa de Órfãos, nas entranhas de um sertão brabo, na cidade de Várzea Alegre. Cursou o ginásio no Seminário do Crato; Filosofia e Teologia no Seminário de Fortaleza, de onde retornou, no dia 27 de Setembro de 1942, para se ordenar padre na cidade em que começara o seu curso ginasial.

Sacerdote em Crato, Icó, Iguatu e Messejana. Professor de Português, Literatura Portuguesa, Latim, Italiano, Grego, Sociologia, Filosofia, Ética e Antropologia Crítica, em Colégios e Universidades Brasileiras. Colunista nos jornais A Ação e Congregação Mariana, em Crato; O Povo, O Estado, Guarany e O Unitário, em Fortaleza; A Cruz, no Rio de Janeiro e Correio Brasiliense, em Brasília. Licenciado em Filosofia, Ciências e Letras, na cidade de São João Del Rei, Minas Gerais, e Graduado em Direito, na Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde permaneceu como professor. Do alto da sua irreverência, costumava dizer: Agora, caso e descaso!

Nas atividades culturais, foi sócio-fundador do Instituto Cultural do Vale Caririense, fundador e construtor do Ginásio Nossa Senhora da Expectação, de Icó, fundador do Clube Mundial dos Jumentos, antecipando-se à temática da sustentabilidade, sócio da Associação Cearense de Imprensa, em Fortaleza, e da Associação Cearense de Jornalistas do Interior.

Na política, elegeu-se Deputado Federal para o período legislativo 1967 a 1970, onde foi vice-presidente da Comissão de Economia e da Comissão de Inquérito da Câmara dos Deputados sobre o problema da açudagem no Nordeste, membro da Comissão Parlamentar de Reforma Universitária, da Comissão Parlamentar de Orçamento e da Comissão de Reforma do Código Civil. Integrou, também, a representação oficial da Câmara dos Deputados ao Congresso Internacional de Municipalismo, na cidade de New Orleans, Estados Unidos.

Além da autoria de inúmeros trabalhos acadêmicos em diversas áreas do conhecimento humano, publicou vários títulos, em diversas editoras do Brasil e do exterior. Destacam-se: Cem Cortes, Sem Recortes; O Jumento, Nosso Irmão; O Verbo Amar e Suas Complicações; Sertão Brabo; Mensagem de Fé Para Quem Não Tem Fé; Penso, Logo Desisto; Pai Nosso; Bom Dia, Irmão Leitor; Porque Fui Cassado; Gramática do Absurdo; A Igreja, o Estado e a Questão Social; A Família - Evolução Histórica, Sociológica e Antropológica, dentre outros.

Durante a ditadura militar, teve cassado o seu mandato de Deputado Federal. Não, por envolvimento a escândalos financeiros, mas por usar com bravura a sua voz em defesa das injustiças sociais. Não foi menos importante que Patativa do Assaré, nem Luiz Gonzaga, na luta pelas liberdades individuais e sociais de sua terra.

Daí, a minha assertiva inicial:

Eu até entendo...
Mas não compreendo!

      No dia 13 de novembro, foi lançado o LIVRO: A B C do CEARÁ de Rouxinol de Rinaré, pela Editora IMEPH. Na ocasião, D.Sávio Pinheiro; convidado para representar Padre Vieira, enviou seu recadinho sobre o ESCRITOR.
     Como não se fez presente por motivos particulares, incubiu-me de representá-lo, o que fiz com enorme alegria e satisfação. Foi para mim uma missão honrosa!
      Obrigad Sávio, pela oportunidade.
       Fideralina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário