Sempre
tive admiração por certas datas e por certos números. O trinta e um de
dezembro me estimula a fazer planos e a perpetuar o meu direito de
sonhar. O número treze, apesar de
temido por tantos, é um número
muito querido por mim. Mas, o meu xodó recai sobre o onze de janeiro.
Acho-o charmoso, imponente, saudável e um tanto quanto enigmático; mas
me traz uma energia positiva, transcendental e verdadeira. Agora,
pasmem: um onze de janeiro em 2013, realmente merece ser lembrado.
Logo cedo, ao me parabenizar, a minha mãe me reproduziu a magna data de
seu primeiro parto. Pela manhã, foi visitar uma amiga que havia dado à
luz, e teve, por gentileza, de dar banho no recém-nascido. À tarde,
torrou um tacho de grãos de café, moeu-os em moinho manual e acomodou o
pó em pequenas latas reutilizáveis. No crepúsculo vespertino, com as
contrações uterinas em progressão, autoriza o meu pai a sair em busca da
parteira. Antônia Cabeleira embrenha-se naquele ambiente
doméstico fumando um cigarro confeccionado com fumo de rolo e palha de
milho, e ordena a gestante a se preparar para o exame. Sem luvas, faz um
toque vaginal e informa: - Está se aproximando a hora! – Vez por outra,
lança jatos de saliva ao chão, porém sempre atenta às contrações
uterinas. A bolsa se rompe em um dos toques vaginais. Talvez pelo
contato direto da unha com a bolsa das águas. Todavia, o final do parto
se torna longo, estressante e doloroso.
Às 22h30 nasce o
pequeno José. Seria Domingos Sávio, não fosse pela falta de choro dos
primeiros minutos de vida. A avó Raimunda, muito religiosa, impaciente, e
temente a Deus, resolve realizar um batismo de emergência para o
rebento não morrer pagão. – José, eu te batismo... Em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo! Mais de cinco décadas depois, na mesma data,
de plantão, realizo um parto bastante difícil. Criança com circular de
cordão, braço na frente do ombro, peso avantajado e com placenta colada.
Por sorte, foi realizado em hospital com todo aparato obstétrico e
neonatal. Não houve batismo de emergência.
A volúpia de José
Sávio, Zé Poivinha, Zé Sávio, Sávio Pinheiro e Dr. Sávio, comovida,
agradece a gratidão e o carinho de tantos amigos, que ao longo dos dias e
dos lugares por onde andou, se fizeram presentes em sua existência.
Foi, e ainda o é, no contato diário da medicina, que a enfermidade e a
saúde, a dor e a alegria, o medo e a esperança, misturam-se de forma
homogênea para formar a verdadeira essência da vida. Que a gratidão e o
respeito, e a amizade de todos vocês, que me enalteceram neste dia onze,
continuem me dando a vigorosa energia para que eu possa continuar
dançando, solenemente, a extrovertida valsa da nossa terrena passagem.
Muito obrigado, e um beijo no coração de todos.
Sempre
tive admiração por certas datas e por certos números. O trinta e um de
dezembro me estimula a fazer planos e a perpetuar o meu direito de
sonhar. O número treze, apesar de
temido por tantos, é um número muito querido por mim. Mas, o meu xodó recai sobre o onze de janeiro. Acho-o charmoso, imponente, saudável e um tanto quanto enigmático; mas me traz uma energia positiva, transcendental e verdadeira. Agora, pasmem: um onze de janeiro em 2013, realmente merece ser lembrado.
Logo cedo, ao me parabenizar, a minha mãe me reproduziu a magna data de seu primeiro parto. Pela manhã, foi visitar uma amiga que havia dado à luz, e teve, por gentileza, de dar banho no recém-nascido. À tarde, torrou um tacho de grãos de café, moeu-os em moinho manual e acomodou o pó em pequenas latas reutilizáveis. No crepúsculo vespertino, com as contrações uterinas em progressão, autoriza o meu pai a sair em busca da parteira. Antônia Cabeleira embrenha-se naquele ambiente doméstico fumando um cigarro confeccionado com fumo de rolo e palha de milho, e ordena a gestante a se preparar para o exame. Sem luvas, faz um toque vaginal e informa: - Está se aproximando a hora! – Vez por outra, lança jatos de saliva ao chão, porém sempre atenta às contrações uterinas. A bolsa se rompe em um dos toques vaginais. Talvez pelo contato direto da unha com a bolsa das águas. Todavia, o final do parto se torna longo, estressante e doloroso.
Às 22h30 nasce o pequeno José. Seria Domingos Sávio, não fosse pela falta de choro dos primeiros minutos de vida. A avó Raimunda, muito religiosa, impaciente, e temente a Deus, resolve realizar um batismo de emergência para o rebento não morrer pagão. – José, eu te batismo... Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Mais de cinco décadas depois, na mesma data, de plantão, realizo um parto bastante difícil. Criança com circular de cordão, braço na frente do ombro, peso avantajado e com placenta colada. Por sorte, foi realizado em hospital com todo aparato obstétrico e neonatal. Não houve batismo de emergência.
A volúpia de José Sávio, Zé Poivinha, Zé Sávio, Sávio Pinheiro e Dr. Sávio, comovida, agradece a gratidão e o carinho de tantos amigos, que ao longo dos dias e dos lugares por onde andou, se fizeram presentes em sua existência. Foi, e ainda o é, no contato diário da medicina, que a enfermidade e a saúde, a dor e a alegria, o medo e a esperança, misturam-se de forma homogênea para formar a verdadeira essência da vida. Que a gratidão e o respeito, e a amizade de todos vocês, que me enalteceram neste dia onze, continuem me dando a vigorosa energia para que eu possa continuar dançando, solenemente, a extrovertida valsa da nossa terrena passagem.
Muito obrigado, e um beijo no coração de todos.
temido por tantos, é um número muito querido por mim. Mas, o meu xodó recai sobre o onze de janeiro. Acho-o charmoso, imponente, saudável e um tanto quanto enigmático; mas me traz uma energia positiva, transcendental e verdadeira. Agora, pasmem: um onze de janeiro em 2013, realmente merece ser lembrado.
Logo cedo, ao me parabenizar, a minha mãe me reproduziu a magna data de seu primeiro parto. Pela manhã, foi visitar uma amiga que havia dado à luz, e teve, por gentileza, de dar banho no recém-nascido. À tarde, torrou um tacho de grãos de café, moeu-os em moinho manual e acomodou o pó em pequenas latas reutilizáveis. No crepúsculo vespertino, com as contrações uterinas em progressão, autoriza o meu pai a sair em busca da parteira. Antônia Cabeleira embrenha-se naquele ambiente doméstico fumando um cigarro confeccionado com fumo de rolo e palha de milho, e ordena a gestante a se preparar para o exame. Sem luvas, faz um toque vaginal e informa: - Está se aproximando a hora! – Vez por outra, lança jatos de saliva ao chão, porém sempre atenta às contrações uterinas. A bolsa se rompe em um dos toques vaginais. Talvez pelo contato direto da unha com a bolsa das águas. Todavia, o final do parto se torna longo, estressante e doloroso.
Às 22h30 nasce o pequeno José. Seria Domingos Sávio, não fosse pela falta de choro dos primeiros minutos de vida. A avó Raimunda, muito religiosa, impaciente, e temente a Deus, resolve realizar um batismo de emergência para o rebento não morrer pagão. – José, eu te batismo... Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Mais de cinco décadas depois, na mesma data, de plantão, realizo um parto bastante difícil. Criança com circular de cordão, braço na frente do ombro, peso avantajado e com placenta colada. Por sorte, foi realizado em hospital com todo aparato obstétrico e neonatal. Não houve batismo de emergência.
A volúpia de José Sávio, Zé Poivinha, Zé Sávio, Sávio Pinheiro e Dr. Sávio, comovida, agradece a gratidão e o carinho de tantos amigos, que ao longo dos dias e dos lugares por onde andou, se fizeram presentes em sua existência. Foi, e ainda o é, no contato diário da medicina, que a enfermidade e a saúde, a dor e a alegria, o medo e a esperança, misturam-se de forma homogênea para formar a verdadeira essência da vida. Que a gratidão e o respeito, e a amizade de todos vocês, que me enalteceram neste dia onze, continuem me dando a vigorosa energia para que eu possa continuar dançando, solenemente, a extrovertida valsa da nossa terrena passagem.
Muito obrigado, e um beijo no coração de todos.
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