Sávio Pinheiro
A nação americana
Tem o nariz empinado,
Um idioma enrolado
E um bocado de grana.
A fama de soberana
Não me traz nenhum vintém,
Portanto não fica bem
Querer esbarrar na gente.
“EU NÃO TROCO O MEU OXENTE
PELO OK DE NINGUÉM”.
Sou da raça brasileira
Um povo bem misturado
Chamado miscigenado,
Mas de mente verdadeira.
Não fico de brincadeira
Quando o papo fere alguém.
Não temo quase ninguém
Mesmo que seja valente,
“EU NÃO TROCO O MEU OXENTE
PELO OK DE NINGUÉM”
Moro no seco Nordeste
Sem temer o preconceito
Já que fiz um bom conceito
Vencendo a fome e a peste.
Por favor, ninguém moleste
O povo que me quer bem,
Pois está bastante aquém
Aquele que me desmente,
“EU NÃO TROCO O MEU OXENTE
PELO OK DE NINGUÉM”.
Abraço no interior
Uma envolvente cultura
Criando uma partitura
De um riso superior.
Na vida, uso o humor
Sem fazer nenhum desdém.
Já venci foi mais de cem
Reproduzindo um demente
“EU NÃO TROCO O MEU OXENTE
PELO OK DE NINGUÉM”.
No Ceará, vivo só
De forma muito atrevida
Querendo vencer a vida,
Que amarga, feito jiló.
Degusto o meu pão-de-ló
Sem desmerecer ninguém.
Defendo dizendo amém
Ao meu sotaque insistente
“EU NÃO TROCO O MEU OXENTE
PELO OK DE NINGUÉM”.
13 de Dezembro às 23:56
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