Este ano, completamos 29 anos de muita dedicação e trabalho. A turma graduada em Medicina, pela Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 1982, faz breve reflexão sobre o estado de saúde de seus componentes. Quatro já se foram. Outros, já possuem patologias em andamento. Um colega me pediu para escrever algo sobre este tão conturbado monento. O início da sexta década de vida.
NO BICO DO URUBU
Eu concluí medicina
No ano de Oitenta e Dois,
Ingeri muita cachaça
Antes, durante e depois,
Daí, temer o AMBU
E o bico do URUBU
A trinta anos depois.
Uma dor com sudorese
Chamada precordial
Poderá me conduzir
À pedra de um hospital.
Daí, temer o AMBU
E o bico do URUBU
Já que não sou imortal.
Se o fígado der o sinal
É que a cirrose chegou
Trazendo a desesperança
Que a “véa da foice” inventou.
Daí, temer o AMBU
E o bico do URUBU
Na vida que se esgotou.
Se, corro desesperado
Pra não perder o plantão,
Com o carro acelerado,
Posso ir à contra mão.
Daí, temer o AMBU
E o bico do URUBU
Evitando o rabecão.
Rara Hemocromatose
Causa hepatopatia,
E se não doar meu ferro
Levarei ferro, algum dia.
Daí, temer o AMBU
E o bico do URUBU
Se não fizer a sangria.
Por não parar de beber
Terei a Pancreatite,
E o álcool em demasia
Aumentará a minha Gastrite.
Daí, temer o AMBU
E o bico do URUBU
Depois da Peritonite.
Pensando no AVC
Sigla do “Ai, Vou Cair,
Quero avisar a você
Que devemos resistir,
Pois por temer o AMBU
E o bico do URUBU
Temos de nos redimir.
Pensando desta maneira
Peço a vós, moderação,
Vamos calcular os riscos
Da fase do cinquentão,
Pois por temer o AMBU
E o bico do URUBU
Previna sua Depressão.
Fim.
Postado por Sávio Pinheiro
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