S.S. PAPA FRANCISCO.
VISÃO DA IGREJA DO PAPA FRANCISCO E DE MUITOS CRISTÃOS (Tradução não-oficial do amigo Germano Cord Sj.
A intervenção do então cardeal Bergoglio no pré-conclave:Um diagnóstico dos problemas da Igreja
O arcebispo de Havana, Card. Jaime Lucas Ortega Y Alamino, deu a
conhecer um documento dado por ele pelo papa Francisco, delineando o
discurso que ele fez no pré-conclave. O Cardeal Ortega ficou tão
impressionado com o discurso que pediu uma cópia ao então Card.
Bergoglio. Depois, o Card. Ortega recebeu autorização do Papa para
partilhar a informação.
Eis uma tradução não-oficial:
Evangelizar implica zelo apostólico:
1. Evangelizar pressupõe um desejo na Igreja de sair de si mesma. A
Igreja é chamada a sair de si mesma para ir às periferias, não apenas
geograficamente, mas também às periferias existenciais: o mistério do
pecado, da dor, da injustiça, da ignorância e indiferença à religião,
das correntes intelectuais, e de toda miséria.
2. Quando a Igreja
não sai de si mesma para evangelizar, ela torna-se auto-referencial e
então torna-se doente. Os males que ao longo dos tempos acontecem em
instituições eclesiais tem sua raiz nesta auto-referência e num tipo de
narcisismo teológico. No Apocalipse, Jesus diz que ele está à porta e
bate. Obviamente, o texto refere-se a ele batendo do lado de fora para
entrar, mas eu estou pensando nas vezes em que Jesus bate de dentro para
que nós o deixemos sair. A igreja auto-referente mantém Jesus Cristo
dentro dela mesma e não o deixa sair.
3. Quando a Igreja é
auto-referente, inadvertidamente, ela acredita que tem sua própria luz;
ela cessa de ser mysterium lunae e dá lugar a um grave mal, a
mundanidade espiritual (o qual, de acordo com De Lubac, é o pior mal que
pode cair sobre a Igreja). É um mal que vive para dar glória somente a
si mesmo.
Ou seja, há duas imagens da Igreja: uma que evangeliza e
sai para fora de si mesma, “Dei verbum religiose et fidente proclamans”;
e a igreja mundana, vivendo apenas dentro de si mesma, de si mesma e
para si mesma. Isto deve iluminar as possíveis mudanças e reformas que
devem ser feitas para a salvação das pessoas.
4. Pensando no próximo
papa: ele deve ser um homem que, da contemplação e adoração de Jesus
Cristo, ajude a Igreja a sair para as periferias existenciais, que a
ajude a ser uma mão fecunda, que recebe vida da “doce e confortante
alegria de evangelizar”.
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