A FORÇA E A BELEZA DA IGREJA
A
Renúncia de Bento XVI mostrou como a Igreja Católica é importante,
forte e bela. Dizem que ela está fraca, que os católicos a estão
deixando – na verdade são os maus católicos – que ela é irrelevante e
que está falando sozinha, entre outras. No entanto, quantas manchetes de
jornais, revistas, blogs, sites, TVs, etc. falando de um Papa velho e
octogenário.
Quais
são os motivos desta euforia da mídia em torno da Igreja Católica, que
tanto critica, e da qual tantos zombam? A resposta é simples: a sua
importância. Como diz o ditado: “ninguém chuta cachorro morto”.
O
falecido presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira, que governou o
Brasil quando eu estava na escola primária, dizia; “falem mal, mas falem
de mim”. A Igreja não precisa pedir isso, todos falam dela, bem ou mal.
Onde
está o mistério desta força magnética que a todos atrai e incomoda,
amigos e inimigos? Na sua história de dois mil anos. Foram 266 papas, e
nunca nenhum deles revogou o ensinamento doutrinário de outro; foram 21
Concílios ecumênicos, e nunca algum deles, se quer, revogou um
ensinamento doutrinário de um anterior. São dois mil anos em que ela
professa o mesmo Credo que os Apóstolos nos legaram.
São
dois mil anos em que a mesma santa Missa é celebrada, os mesmos
Evangelhos lidos, a mesma Eucaristia celebrada e distribuída, os pecados
perdoados pelos ministros do Deus Altíssimo. São dois mil anos em que
os casais se unem pelo Matrimônio; são ordenados diáconos, presbíteros e
bispos… É uma Igreja teimosa, que não se deixa vencer pelo tempo, pelo
cansaço, pelo sangue derramado, pelas calúnias, pela ridicularização,
pelos modismos e pelo “politicamente correto” de cada tempo. Que Igreja
forte!
Ninguém
pode vencê-la; nem os Césares que a quiseram massacrar, nem os hereges
que quiseram perverter, nem o Islã que a quis destruir, nem os
Imperadores que quiseram nela mandar, nem Hitler, nem Stalin, nem o
comunismo, nem os racionalistas, positivistas e iluministas que levaram
dezessete mil padres à guilhotina, e nem os ateus e laicista que se
lançam furiosos contra ela. Que Igreja forte!
A
Igreja é admirada, mesmo pelos adversários, porque quando o mundo
carece de líderes, de verdadeiros estadistas que orientem a civilização
desnorteada, a Igreja sempre tem o seu Gigante no comando da Barca de
Pedro, como Pai, Mestre, Doutor e guia corajoso. Ele guia com lucidez e
coragem o Rebanho do Senhor que custou o seu Sangue.
João
XXIII, já octogenário, teve a lucidez e a coragem de lançar o Concílio
Vaticano II, a “Primavera da Igreja”, como disse João Paulo II;
Paulo
VI soube implantá-lo, enfrentando os maiores obstáculos; João Paulo II
enfrentou o Muro de Berlim, o da vergonha, e o derrubou; o comunismo
caiu a seus pés; Bento XVI enfrentou com coragem a mentira da “Ditadura
do relativismo”, e a desmascarou em toda a sua falsidade com a verdade.
Foi o paladino e o arauto da verdade que liberta e salva. O mundo sabe
ver tudo isso; por isso se prende no Papa e admira a Igreja.
O
mundo pode odiar as lições morais que o Papa prega, em nome de Jesus
Cristo, mas não consegue deixar de admirá-lo. Ele é o peregrino da paz
que gira o mundo em sua defesa; ele é o Pastor que não tem onde reclinar
a cabeça; é o pobre de Deus que sabe que o “Poder é serviço” e nada
mais. Ele é humilde, bom e serviçal.
Como
dizia a doutora Catarina de Sena: é “o doce Cristo na Terra”. Ele sabe
sair de cena quando todos querem que ele fique; só os gigantes têm essa
força interior. Ele sabe como disse alguém, “abrir mão da glória de
mandar”. Ele é o mesmo Pedro de Cafarnaum; por isso nunca houve o Pedro
II.
A
Igreja é forte e bela, invencível e infalível na “sã doutrina da
salvação” porque ela é um Projeto que nasceu no coração do Pai, foi
instituída pelo Filho e manifestada ao mundo pelo Espírito Santo. Amém.
Prof. Felipe Aquino
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