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Reflexão

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

TIGRÃO DE BENGALA – Uma Fábula Real

Bengala Ocidental continua sendo um estado da Índia, após a sua divisão com Bengala Oriental, que fez parte do Paquistão, até conquistar a sua independência com o nome de República Popular de Bangladesh. Este possui o Tigre-de-Bengala como animal símbolo. Aquele é um estado, que se estende desde o Golfo de Bengala até o Himalaia, e possui Calcutá como sua maior cidade e capital. Ao sul desta metrópole, vislumbram-se grandes bosques formados nas desembocaduras dos rios Ganges e Brahmaputra, onde habita o tigre real, que mata uma média de 200 pessoas a cada ano.

O tigre, ou Panthera tigris, é um animal carnívoro, elegante, ágil e misterioso, e capaz de se locomover sem fazer o menor ruído. Os machos, como nós humanos, vivem menos que as fêmeas. Possuem códigos próprios e inúmeras maneiras de se comunicar entre si. É o maior felino, e mesmo velho, fraco e ferido poderá atacar. Possui um parente, menos perigoso, conhecido por Gato Maracajá, ou Leopardus wiedii, que também possui variadas habilidades, tendo grande capacidade de salto, além de ser possuidor de hábitos noturnos.

Era uma vez...

Um rapaz franzino, atento, bem humorado e de uma inteligência rara, que se deslocou do interior do estado para o litoral, na esperança e na certeza de melhorar de vida e vencer através do estudo. “Fui, vim, venci!”, disse o César nosso de cada dia, parafraseando o general e cônsul romano Júlio César, em 47 a.C, ao proferir a famosa frase latina “Veni, vidi, vici “ (em português: Vim, vi, venci!).

Em Recife, a Veneza Brasileira, vislumbrava-se vários bares e boates nas desembocaduras dos rios Capibaribe e Beberibe, onde trabalhavam várias garotas, que devoravam uma média de 200 rapazinhos por ano, muitos provindos do interior do país. Nascia ali, a carreira de sucesso daquele raquítico e habilidoso gato maracajá que, em futuro próximo, viria a se transformar no elegante, ágil e misterioso Tigrão das Madrugadas.

O termo tigrão surgiu com o Funk, que é um gênero musical que se originou na segunda metade da década de 60 quando músicos afro-americanos criaram uma nova forma de música, e que ficou conhecido nos meios menos conservadores da nossa sociedade, como representante de um “modus vivendi” de excessiva liberdade. Ao pé da letra, significa galanteador, pegador, namorador, mulherengo, incestuoso. Nesta vala dantesca, se encontram Charles Chaplin, Bill Clinton, D. Pedro I, poeta BC Neto, Nelson Gonçalves, o tigrão das madrugadas e os filhos de Adão e Eva, sem exceção.

Era uma vez...

Uma bengala. Antigamente, ostentada como objeto libidinoso, símbolo de uma masculinidade marcante de um tigre faminto, comedor de carne vermelha. Hoje, um mero instrumento de sustentação de um tigrão artrálgico, de juntas inchadas, comedor de vegetais, vitimado pelas sequelas de uma doença crônico-degenerativa chamada Gota.

Porém, cuidado... Pois ele, mesmo velho, fraco e ferido poderá atacar!

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