As casas como as pessoas
guardam cicatrizes
expostas no rosto do tempo.
As casas sempre voltamos
nelas a vida anda por trás do que passou
existem na existência indo embora.
A casa onde morei para viver
na afoitosa e lúdica adolescência
abrem rugas na face branca das
paredes.
De dentro delas saltam sonhos
que não querem envelhecer
e o menino açoitando o vento nas
curvas do rio
que se arrasta na carne azul da paixão.
Barros Pinho
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