O
TORRÃO ONDE NASCÍ
Permanece
na memória
Dos
que são de tempos idos
Fatos
que fazem história
Aos
que são pouco esquecidos
A
lembrança bem ativa
De
nossa flora nativa
Onde
fomos nós nascidos
Carnaúbas
– sítio amado
O
lugar onde crescemos,
O
Riacho do Machado
Cujas
águas nós bebemos.
Que
aguava o arrozal
Nos
baixios, o principal
Dos
cereais que comemos
Que
saudades! Sim, saudades!
Das
chapadas de algodão
E
de outras variedades
No
plantio em meu torrão,
Muita
coisa se colhia,
Amendoim,
melancia
Jerimum,
milho e feijão.
O
gostoso fruto da ateira
Preferido
do azulão
Fruta
de conde como queira
Dava
junto ao casarão
A
moradia bendita
Mais
saudável e mais bonita
Que
existiu no sertão
Em
frente à tal mansão
Tinha
uma árvore frondosa
Para
gente e a criação
Dava
uma sombra gostosa.
Não
esqueço um instante só
Era
o velho Pé de Mocó
De
memória saudosa
Bem
ao fundo à direita
Um
enorme Juazeiro
Com
uma copa perfeita
E
convexa por inteiro
Tremulando
com a aragem
Uma
natural imagem
Deste
solo brasileiro
Próximo
já da cancela
Que
fechava a capoeira
Havia
outra planta bela
Mais
bonita que as primeiras
Junto
à manga dos Bitu’s,
Lindo
pé de Coaçu
De tanto olhar dá canseira
Das
Pedrinhas - quem recorda?
Minha
Mãe lavava panos
Estendia
em limpas cordas
E
cipós se não me engano
Caí
numa cacimbinha
Tendo
à mão uma foicinha
Quase
entro pelo cano
Eu
não sabia nadar
Foi
Mamãe quem me salvou
Mais
uma coisa a lembrar
De
quem tanto me amou
Viu-me
cair e por sorte
Evitou
a minha morte
São
e salvo me apanhou.
Carnaúbas
leito amado
Nunca
mais me viste tu
Do
pau Mocó estimado,
Juazeiro
e o Coaçu
Eu
jamais esquecerei
Mas
em breve voltarei
Às
origens dos Bitu’s!
João
Bitu
IMPOSSÍVEL ESQUECER
CHUÁ, CHUÁ...
Francisco Alves
Sr. Pascoal.
ResponderExcluirCada poesia que aqui posta traz novidades da sua terrinha (AS CARNAÚBAS). No entanto, me falta conhecimento do lugar para que compartilhe suas alegrias relembrando algum fato histórico de onde nasceste. No entanto, observo a sua gratidão pelo sertão e a emoção quando relembra todas as traquinagens e felicidades vividas no lugar
Não saber nadar, pelo que falou quase se afogou. E hoje, já aprendeu?
Dessa façanha eu posso falar. Nado e aprendi nos açudes do sertão. Como gosto de entrar num açude, piscina e mergulhar por baixo da água.
Sei que deve sentir falta da NATUREZA, da vidinha de criança no sertão.O senhor que muito ler e tem cultura deve conhecer vários autores que enaltece o sertão. E, para abrilhantar seu poema, registro uma quadrinha que aprendi quando criança, na ESCOLA.
Sertão amanheceu cheirando
Nas fulô de mororó
Bicho e cristão é satisfeito
Da cabeça ao mocotó.....
.
Fridda o meu recadinho para o Grande João já deixei lá no sou de várzea, Deixo aqui o meu abraço e um bom dia,digo que não estou mentindo quando lágrima rolaram quando lia as traquinagens e as lembranças do JOÃO.
ResponderExcluirFridda e Lisboa, não vivenciei essas emoções de João. Nasci já em Várzea Alegre e meu mundo lá foi só a igreja, a pracinha e as escolas. É por isso que me torno repetitiva em relação a minha terra natal. Fico muito feliz com cada postagem de meu irmão que narra um pouco de meus pais, irmãos mais velhos, tios e primos, das CARANAÚBAS que só fui a passeio muito depois. Abraço Fafá.
ResponderExcluirObrigado ao Ilmorais e às gêmeas de minha admiração que tanto me enatdecem com suas palavras de apoio e camaradeagem
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